Filme: Deus não está morto
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Deus pode até não estar morto, mas que o roteiro deste filme está, ah isso está. |
A existência ou não de Deus (ou Deuses) é um assunto que sempre causou, causa e causará polêmicas. Justamente por ser um assunto delicado, gosto de saber as diversas opiniões e estudos relacionados às duas faces da moeda.
Mês passado, um filme chamou minha atenção pelo título e pela sinopse: "Deus não está morto" (God's not Dead), obviamente, eu sabia que o filme teria sua parcialidade a começar pelo título, mas não imaginava que seria tão ruim.
A mensagem que o filme transmite não chega nem perto do respeito pelas diferenças, já que quem não é cristão, só podia ser o "vilão": os ateus tachados como arrogantes e os muçulmanos como presunçosos. Aí está um ponto da história: não basta acreditar em Deus, é preciso ser cristão.
Então a questão não é mais a existência de um ser onipotente e onisciente (como em algumas religiões), mas na crença em Jesus Cristo. Sendo assim, eu seria mais especifica no título do filme: "Jesus não está morto".
O filme é repleto de personagens vazias e clichês da visão de muitos cristãos/evangélicos, como esta que tentarei descrever a seguir.
[Aviso: Spoiler]
O estudante cristão Josh Wheaton quer frequentar as aulas de filosofia da universidade para complementar sua matriz curricular, porém seus amigos e outros alunos aconselham que ele desista, pois o professor ateu Radisson, é um ser "insensível" e exigente. Apesar dos avisos, Josh matricula-se nas aulas de filosofia de Radisson.
Logo no início da aula, o professor declara-se ateu e citando alguns princípios da filosofia, exige que todos os alunos escrevam em um papel que "Deus está morto" e quem não concordasse com aquilo, poderia retirar-se da sala.
Josh contraria a atitude dos demais alunos, recusando-se a escrever. Furioso, o professor pede que Josh saia da sala, pois não faria "sentido" cursar filosofia, sendo cristão.
Mesmo assim Radisson desafia o estudante a provar que Deus existe, argumentando a todos os alunos por alguns minutos após o término das aulas durante um mês (ou uma semana, não lembro).A partir disso, o próprio estudante entra em conflito consigo mesmo, ansioso por provar que Deus existe.
Só um comentário, o que é filosofia?
"é o estudo de problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem. Ao abordar esses problemas, a filosofia se distingue da mitologia e da religião por sua ênfase em argumentos racionais; por outro lado, diferencia-se das pesquisas científicas por geralmente não recorrer a procedimentos empíricos em suas investigações. Entre seus métodos, estão a argumentação lógica, a análise conceitual, as experiências de pensamento e outros métodos a priori." (Wikipedia)
Seja qual for a opinião, orientação política ou religiosa de um professor, jamais deve-se ter essa postura em sala de aula. Tenho certeza que qualquer professor sendo ateu ou não, nunca pode impor sua opinião perante seus alunos, mas isso não quer dizer que não há espaço para discussões, e claro que o professor deve e pode instigar a discussão saudável de algumas questões polêmicas porque como a própria descrição desta ciência diz: a argumentação lógica, a análise conceitual e as experiencias de pensamento.
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Eu poderia citar várias e várias cenas, que na minha opinião, são péssimas (pra não dizer preconceituosas). Mas acho que vou ficar por aqui.
Quer um conselho? Não perca seu tempo.
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