02. OURO PRETO II – IGREJAS, CEMITÉRIOS E MUSEUS

2º dia (Domingo) - Tentando me virar sem guia turístico.

Acordei cedo para aproveitar o dia (8h da manhã pra mim é cedo!).
Tempo nublado como era de se esperar, fiz o caminho da rodoviária – centro e na rodoviária mesmo o 1º local a ser visitado: Igreja de São Francisco de Paula.
Não é permitido tirar fotos dentro de nenhuma igreja de Ouro Preto e o que eles alegam é que os ‘flashes’ escurecem o ouro das Igrejas, mas não é permitido nem sem ‘flashes’…

Igreja São Francisco de Paula

A igreja São Francisco de Paula foi uma das últimas construídas no período colonial. Não fiquei muito tempo dentro da igreja, porque tinha pessoas ‘orando’. Passei os olhos rapidamente e vi as mesma esculturas e pinturas próprias do estilo.

Igreja Nossa Sra. dos Pardos*

Abaixo da Igreja de São Francisco de Paula, mais outra igreja que infelizmente não posso falar muito sobre a história dela e nem tenho certeza do nome, mas acho que é aIgreja Nossa Sra. Dos Pardos que estava em reforma. Anexo a ela (como quase toda igreja de OP) um cemitério.
Subi a bendita ladeira pra voltar ao caminho e quase morri sem ar! As ladeiras de OP são as mais íngremes que já vi.
[Nota mental: da próxima vez, venha de tênis!]

Cemitério anexo a Igreja Nossa Sra dos Pardos.

Segui em direção ao centro e mais uma igreja a vista: Nossa Sra. Mercês e Misericórdia (anexo ao cemitério) onde sua construção foi iniciada em 1771 e a fachada foi feita por Aleijadinho! Infelizmente, ela estava ainda fechada, não pude ver por dentro.

Igreja Nossa Sra. Mercês e Misericórdia

Chegando ao centro de OP, já pude perceber o movimento de carros e pessoas, muitos ‘gringos’ (suíços e franceses!) e gente de todo o Brasil. Como o museu ainda não estava aberto, aproveitei pra conhecer as ruas do centro e ir onde estivesse aberto! (rs).

Parada em uma das principais igrejas: São Francisco de Assis. Ao redor da igreja estava cheio de ‘guias turísticos’ locais oferecendo os serviços, um deles para ‘demonstrar’ seu trabalho, explicou um pouco da Igreja. Não sei se certo ou errado, mas ele disse que aquela igreja tem arquitetura militar: pequenos canhões na lateral e torres que sugerem elmos de soldados. A fachada e cantos foram feitos pelo mestre Aleijadinho.

Igreja São Francisco de Assis

A pintura interna do teto é do mestre Ataíde que era negro e escravo, sendo assim, pintou Maria (nossa sra.) branca (europeu) mas com características negras: lábios carnudos, rosto e nariz largos.

Teto da Igreja São Francisco de Assis


Para entrar na Igreja é cobrado um ingresso de R$6 (estudante r$3) , mas você também ganha ingresso pra visitar o museu do Aleijadinho.
Os ingressos são cobrados para manter a preservação das obras e dos locais.

Hospício Loucos por Saia

Segui para o Museu do Aleijadinho que fica anexo à igreja Nossa Sra. Da Conceição e no caminho, muitasrepúblicas estudantis com nomes cômicos, por exemplo: HOSPICIO LOUCOS POR SAIA.

Como já mencionei não se pode tirar fotos da maioria dos museus e igrejas de OP, então só posso tentar descrever o que vi por lá.

Museu Aleijadinho - Pisos de madeira do local muito antigo e rangem ao caminhar (muito barulhentos!). Exposições de esculturas, oratórios e pinturas do Aleijadinho. Há também exposição de objetos, roupas e móveis do século XVIII.
Uma sala a parte do museu explica e expõe sobre a arte barroca: a ordem, o arco a colunata e a madeira talhada. (Foi o que entendi!).

Segui para a igreja Nossa Sra. Do Carmo [anexo] Museu do Oratório e cemitério.

Cemitério da Igreja Nossa Sra. do Carmo

Museu do Oratório- Como o próprio nome já diz expõe os vários tipos de oratórios e objetos usados pelos católicos para cultuar sua fé no século XVIII.

Eu em frente ao Museu do Oratório

Há muitas variedades de oratórios: para donzelas, viagens, nobreza, igrejas e capelas, de bolso e até oratório pingente!

“No espaço doméstico católico vivia-se cercado de símbolos e objetos religiosos. Eram desde santinhos até o oratório que podia guardar não só o santo protetor, mas tudo que se relacionasse a devoção cotidiana.” (Museu do Oratório).

Falando em oratório, eles também eram quase sempre construídos em esquinas de sobrados para espantar os maus espíritos, igual esse que vi em uma das ruas.

Oratório em casa de esquina

Próxima parada: Museu da Inconfidência. ;)

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