Crônicas visuais

Essa semana aproveitei a "promoção" do Dia do Consumidor e comprei o livro   O jeito que a gente diz   de   Stella E. O Tagnin   indicado por uma professora. Coincidentemente, eu já conhecia a   autora , pois fiz um trabalho ano passado que usei como base de pesquisa um dos seus livros.  Tive também a chance de cumprimentar a  Stella Tagnin  no simpósio que  participei  em 2013 -  PROFT . Stella apresentou uma palestra sobre o método de pesquisa para seu livro  Vocabulário para Culinária Inglês/Português. Já dei uma olhada e algumas leituras, mas depois vou ler com mais calma. a professora e tradutora Stella Tagnin no Proft-2013 Depois eu volto! 

  Agora pouco abri o   "Livro do Desassossego"   de   Fernando Pessoa , um livro muito especial pra mim. É o tipo daqueles livros que você pode abrir ao acaso e ler um trecho. Não lembro quando eu o li por completo (acho que foi em 2007), mas depois disso passei a lê-lo assim: uma página ao acaso.  Não, não é um livro de auto ajuda, com mensagens positivas. É um livro em que o semi-heterônimo de Pessoa, o Bernardo Soares, descreve sua vida em fragmentos. É complexo, por não existir uma cronologia, pois parecem mais os pensamentos que propriamente uma descrição ou narrativa com começo, meio e fim. Mas voltando a parte que abri o livro... Coincidentemente, abri em uma página que já tinha um grifo meu (lá daquela época de 2007) e que bateu com alguns de  meus pensamentos hoje, após assistir ao filme  "Ela" . 94.  Viver é ser outro. Nem sentir é possível se hoje se sente como ontem se sentiu: sentir hoje o mesmo que ontem não é sentir - é lembrar hoje...

Não é sempre que dá pra comprar, mas sempre que sobra um dinheirinho gosto de comprar algumas revistas especializadas. Acompanho a  Literatura  da editora  Escala  e a  Língua Portuguesa  da editora  Segmento. Acho a revista Língua Portuguesa completa e muito interessante - para todos os públicos! Esporadicamente compro também as revistas  Metáfora  e  Super Interessante  (esqueci de tirar as fotos!). Uma revista que gostaria muito de comentar e elogiar é a  Revista da Cultura  que é  gratuita . O conteúdo é bom e aborda cultura em geral como música, literatura, teatro, cinema, entre outros assuntos. Não é uma revista só com propagandas como algumas de outras livrarias que parecem mais catálogos que uma revista mesmo.

  Não esqueci das "promessas" que fiz aqui   sobre não comprar livros , mas aqui as causas são outras (rs). Toda regra tem uma exceção.  Esse eu ganhei!  Uma vez tinha ido a livraria e vi esse livro por lá. Dei uma olhada e achei interessante para me ajudar com trabalhos, mas estava sem dinheiro na hora pra comprar. Alguns dias depois, decidi tentar fazer uma iniciação cientifica na faculdade, lembrei desse livro e pedi de presente. Meu desejo foi atendido e espero que ele seja realmente útil nesse período. Preconceito Linguístico  de Marcos Bagno - A professora comentou um texto sobre esse livro e fiquei fascinada! Não foi exigência para a faculdade, mas precisava desse livro desesperadamente, ansiosamente! Já li e pretendo comentar sobre ele depois. Até!

 Estava lendo algumas curiosidades sobre a linguagem na revista  Língua Portuguesa , e dentre os mitos mais propagados está de que a palavra  saudade  só existe em português. sau.da.de  sf  ( lat solitate )  1  Recordação nostálgica e suave de pessoas ou coisas distantes, ou de coisas passadas.  2  Nostalgia.  sf pl  Lembranças, recomendações, cumprimentos.   Segundo Luiz Costa Pereira Junior, a originalidade portuguesa foi a ampliação do termo a situações que não a solidão sentida pela falta do lar: saudade é a dor de uma ausência que temos prazer em sentir. Mesmo no campo semântico (estudo da evolução do sentido das palavras através do tempo e do espaço), no entanto, há também correspondente, no romeno, mas em outra palavra:  dor  (diz-se durere). Falando em saudades e dor, hoje me bateu uma vontade de ouvir Tristania. Faz tanto tempo que não ouço, mas ainda tem grande significado pra mim:  aquela dor que ...